domingo, 28 de fevereiro de 2010

ABAIXO AO CORONELISMO ACADÊMICO

Diante dos fatos ocorridos na instituição essa semana, não pude calar-me diante de tal situação, então pronunciarei-me neste pequeno manifesto.

Infelizmente nessa instituição temos um antigo vício, um vício ultrapassado tanto pelo tempo quanto por instituições concorrentes. A IES encontra-se em um tempo em que renovações e reformas teriam que ser discutidas e aceitas sem muitas ressalvas e reclamações, pois isso é para o próprio bem da instituição e para o crescimento dela. Temos o exemplo da contratação de novos professores de acordo com sua área de formação, e a coisa mais lógica nesse mundo é encaixá-lo em uma aula que seja sobre ou tenha algo diretamente ligado a sua especialização. Porém infelizmente não é isso que acontece, e estão sendo utilizados discursos que estão defasados e vão contra a ética pedagógica. Este ato de autoritarismo por tempo de serviço combinado com atitudes anti-éticas para atingir objetivos chama-se "Coronelismo Acadêmico". Basta nos espelharmos nas grandes instituições e notarmos que renovações são bem vindas, e o trabalho é feito de forma profissional e não pessoal.
No ano passado tivemos a ótima notícia da contratação de professores vindos de municípios com "tradição acadêmica". Logo, nos familiarizamos com tais professores e ambos também eram coordenadores do curso, nada melhor que isso para nosso alívio.

Não, eles não são ditadores, apenas vieram com tradição e metodos diferentes que dão resultados positivos.

Seria interessante se dessemos ouvidos aos seus objetivos: fazer um curso de História de alta qualidade e tentar colocar a IES em uma posição pelo menos paralela à faculdades maiores. Mas infelismente não é tão simples assim, acabam sendo impossibilitados de percorrer o caminho melhor. Há pessoas que não têm o mesmo interesse, preferem dar mais importância a seus interesses pessoais e defender uma ideologia ultrapassada que não se encaixa mais nos moldes da sociedade acadêmica de hoje, preferem dar importância à "culturas pedagógicas" antigas que apenas colaboram para uma má formação de futuros professores.
Como diria a minha amiga Ivana Tavares: "Quando o mar e a rocha brigam, quem sofe são os mariscos." E aqui vai um "toque" para as autoridades da IES, pensem nos mariscos, pensem nos graduandos da faculdade. Deve ser humilhante ver professores ruins no futuro e interligá-los direto à faculdade. A Instituição tem uma grande força para se levantar, temos cursos ótimos, exelentes professores que podem levantar a "moral acadêmica" da mesma. Ou seja, temos a faca e o queijo na mão, porém há pessoas que não querem essa evolução, que preferem, repito: dar mais importância à interesses pessoais e continuar com uma ideologia partidarista no corpo docente.

Da próxima vez que ocorrer a mesma situação, proponho que as reuniões em que professores discordam de algumas decisões tomadas pela coordenação do curso, tenham também a participação dos alunos ou de um representante de turma. Vindo da mesma sala de onde a discussão foi aberta e que pode trazer algumas conseqüências negativas para nossa formação. Assim poderemos conseguir um aval mais rápido, que não atinja de forma negativa à ninguém, nem mesmo à nossa formação.

Eu acredito em melhorias, eu gosto daqui. Eu acredito que tudo pode melhorar se pensarmos de forma mais plausível e lógica.
Pensem nos mariscos. Pensem nos estudantes. Pensem nos futuros professores. Pensem em uma "moral acadêmica" maior. Pensem que estamos em uma cidade emergente, e que devemos crescer junto à ela, porém apoiados no que pode mudar o mundo: a Educação e não o dinheiro.

PENSEM EM UM FUTURO MELHOR!
 
Ramon Mulin
Graduando em História
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé

4 comentários:

Fabiana Fróes disse...

Nusssssssssss....... Arrasou, amei a parte que fala do "Coronelismo acadêmico", ou seja, o mais importante é uma boa formação, o nome da instituição e com certeza o corpo docente impreterivelmente deverá ser o melhor de sua ÁREA!!!!!
Suas palavras foram sábias, parabéns!!!! Bjs........

Ramon Mulin disse...

Obrigado pelas sinceras palavras Fabiana!

Julie Arouca disse...

Pura realidade. infelismente é o que acontece, todos acabamos tendo um certo desanimo, tipo é meio como se todo sfossemos estudar sozinhos, cada um por si, se assim fosse eu não saia de casa. Faria faculdade a distância. Diploma por diploma dá no mesmo.

Unknown disse...

Querida Julie, não desanime, saiba que apesar de tudo e de todos, nada substitui o mestre numa sala de aula, o fato de voce poder discutir, debater com seus colegas e o professor é por demais enriquecedor.
Todos os herois que estão frequentando o curso de historia da FAFIMA serão devidamente recompensados.

abraços

Guara